Por Eleni Kronka
Jornalista, pesquisadora e editora de conteúdo.
Eventos na capital visam estimular negócios para uma nova dinâmica no setor de moda infantojuvenil no pós-pandemia.
O mercado de moda infantil tem no Brasil um grande potencial a ser explorado. Com esta perspectiva, realiza-se de 23 a 25 de abril, em São Paulo, a 57ª FIT 0/16 – Feira Internacional do Setor Infantojuvenil e Bebê. O evento ocorre simultaneamente à 6ª Pueri Expo – Feira Internacional de Negócios em Puericultura, ambas no Expocenter Norte, sob a organização da Koelnmesse Brasil.
O diretor geral da Koelnmesse Brasil, Beni Piatetzky, reforça que é vocação de ambas as feiras gerar oportunidades de negócios para micro e pequenos empresários. O executivo lembra que são três eventos deste tipo promovidos pela Koelnmesse no mundo. “Além do Brasil, temos a Kind+Jugend Asean, em abril, em Bangkok, na Tailândia, e a Kind+Jungend, em setembro, em Colônia, na Alemanha.”
Piatetzky destaca paralelamente a aposta na Rodada de Negócios. A edição anterior, segundo o organizador, contou com 360 reuniões entre compradores nacionais e estrangeiros. “Para 2024, a estimativa é ultrapassar o número anterior”.
Leque amplo de oferta
A Pueri Expo, por sua vez, é única feira focada no setor de puericultura do Brasil, com artigos focados no bem-estar, na saúde e na segurança dos bebês. As novidades desta edição incluem cadeiras veiculares, cadeiras para alimentação, cangurus, enxoval, brinquedos, produtos de segurança, móveis, decoração, higiene, além de uma grade de atrações.
Segundo a gerente da FIT 0/16 e Pueri Expo, Patrícia Oliveira, são esperados mais de 10 mil visitantes para as duas feiras, que somam cerca de 300 expositores. A executiva confirma a participação de empresas do setor de puericultura como: Burigotto, Dorel, Kiddo, Chicco, ABC Design, Ibimboo, Bupbaby, MAM, Buba e Philips.
“Em dezembro passado já superamos a meta e temos planos de atingir 130% de ocupação na Pueri Expo”, afiança, confirmando o compromisso de estreitamento na relação com marcas da área de moda.
Panorama do setor
O levantamento preliminar do IEMI – Inteligência de Mercado sobre as atividades do segmento infantil de vestuário comprova a expectativa positiva em torno da FIT /016 e a PueriExpo, em suas respectivas edições.
Conheça os estudos IEMI para o mercado têxtil e de vestuário:
As confecções dedicadas ao setor, como os demais segmentos da indústria, passaram por todos os desafios gerados pela pandemia. Se em 2018 havia 6.072 confecções no setor, em 2019 caiu para 5.902, para chegar a 2022 com um total de 5.488 e a 2023 com 5.856 empresas, ou seja, com aumento de 7%.
O número de peças produzidas que, em 2022, foi de 1,185 bilhão, em 2023 passou para 1,137, com queda de 4% neste quesito.
No varejo, os dados do IEMI mostram que o setor da moda infantojuvenil e bebê tem ainda um caminho a percorrer para recuperar os números alcançados no momento pré-pandemia. Tanto é assim que, em volume de peças, o varejo dedicado a este público atingiu a marca de 1,474 bilhão de unidades comercializadas, em 2022. No ano seguinte, foram 1,427 bilhão de peças comercializadas, o que representa queda de 3%.
Em relação às vendas de artigos de vestuário em geral, as vendas do infantil representaram 23,5% em 2022. Percentual que teve discreto aumento para 23,7% em 2023.
Para mais informações sobre o mercado infantojuvenil e bebê, acesse o Mercado Potencial de Moda Infantil e Bebê e o site iemi.com.br/vestuário