Tendências que direcionam o consumo de colchões em 2024

Por Eleni Kronka

Jornalista, pesquisadora e editora de conteúdo.

Produtores globais de colchões e camas-box investem em tecnologia e sustentabilidade. No Brasil, mercado ainda conservador, encontram-se os modelos mais convencionais, que respondem pelo sensível aumento de produção previsto para este ano.

Grandes mercados, feiras e produtores mundiais apontam diretrizes para o segmento de colchões para 2024. As propostas vão da sustentabilidade à tecnologia, passando pelo design que une visual e funcionalidade, visando ao maior conforto na hora do descanso.

Artigos sustentáveis são itens visados pelos consumidores. Atentos às questões ambientais, os compradores buscam colchões feitos de materiais ecológicos, como algodão orgânico, látex natural e fibras recicladas. Estes colchões não só contribuem para um planeta mais verde, mas também oferecem conforto e durabilidade.

A tecnologia, por sua vez, está presente aliando conforto e funcionalidade, sempre visando à qualidade do sono. Recursos tecnológicos proporcionam colchões equipados com sensores que rastreiam os padrões de sono. São capazes de ajustar a temperatura e dar informações personalizadas para um maior conforto.

Para os que buscam exclusividade, a proposta é a personalização. Nesta linha, marcas internacionais oferecem opções customizáveis para atender às preferências individuais. O leque é amplo de ofertas, indo do grau de firmeza da peça até o ajuste para a personalização do colchão para casal, de acordo com a preferência de cada um.

Colchões com tecnologia avançada de resfriamento estão com demanda crescente lá fora. Recursos como espuma com infusão de gel, capas respiráveis e materiais de mudança de fase ajudam a dissipar o calor e a manter quem dorme fresco durante toda a noite.

Assim, tecnologia e sustentabilidade são quesitos que crescem em importância na mesma proporção da busca por design minimalista. Linhas limpas, cores neutras e perfis elegantes caracterizam a proposta para os colchões contemporâneos, facilitando até a composição do ambiente.

Evolução de mercado

O segmento de colchões e camas-box no Brasil é representativo e está em evolução. Isto se dá apesar da dinâmica do mercado, que recentemente se deparou com os desafios da pandemia e a própria oscilação da economia do País.

O amplo Estudo sobre o Mercado Potencial de Colchões e Camas-Box 2024 realizado pelo IEMI – Inteligência de Mercado destaca que existem hoje no Brasil quase 550 unidades de produção destas linhas de produtos. As fábricas estão assim distribuídas segundo as regiões: Sudeste (cerca das 30% das unidades), Sul (27%), Nordeste (23%), Centro-Oeste (13%) e Norte (7%).

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Conheça os estudos IEMI para o mercado de móveis e colchões.

Trata-se de um setor cuja produção obteve crescimento de 0,6%, em 2023 sobre 2022, com o registro de 35,7 milhões de peças produzidas. O consumo aparente (correspondente à produção mais as importações, menos as exportações), também aumentou no mesmo período, ficando em 0,6%, num total de 35,6 milhões de unidades.

Enquanto surgem novidades, em nível mundial, unindo sustentabilidade e tecnologia, o consumo nacional segue pela trilha mais conservadora, conforme o levantamento do IEMI. Sejam de espuma, de molejo ou do tipo cama-box, colchões de tamanho casal predominaram na produção em 2023. Foram mais de 13,3 milhões de unidades produzidas, com crescimento de 1,7% sobre 2022.

Centros de produção

A região Sudeste, com ênfase para São Paulo, concentra a maior parte da produção de colchões em volume de peças. À região cabe a participação de 33%, enquanto o Estado de São Paulo responde por 18%.

Em termos de consumo de colchões em valores (em reais) no Brasil, mais uma vez a região Sudeste e o Estado de São Paulo lideram. A região participa com 28% do consumo e São Paulo fica com uma fatia de 18%.

Para saber mais sobre a evolução permanente deste mercado, no Brasil e internacionalmente, acesse o Estudo sobre o Mercado de Colchões e Camas-Box 2024 e o site iemi.com.br/colchoes.

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