Por Eleni Kronka
Jornalista, pesquisadora e editora de conteúdo.
A versatilidade dos sutiãs, em termos de estilo e modelagem, é fator que explica de certa forma o bom desempenho do produto, em produção e faturamento, dentro do segmento da moda íntima.
O mercado da lingerie, no Brasil e no mundo, se expandiu e, pode-se dizer, criou sua própria identidade. A modelagem, os recursos tecnológicos, os tecidos e complementos envolvidos na produção, associados às propostas de moda e marketing, contribuíram para esta performance do segmento.
Sejam lojas físicas – como monomarcas, multimarcas ou lojas de departamento –, sejam sites ou marketplaces, os pontos de venda do setor tornaram-se verdadeiras butiques. A especialização do varejo trouxe também modos específicos de se trabalhar e atender à consumidora. E assim, ponto positivo para todo o setor!
Da malharia à confecção, o elo da indústria trabalha, por sua vez, de forma integrada, oferecendo produtos com perfeição técnica e informação de moda. Tudo na medida certa para atender à exigente consumidora final.
Dentro deste quadro, o sutiã desponta como item com especial participação no mercado de moda íntima. Assim mostram os números, levantados pelo IEMI – Inteligência de Mercado, por meio do Estudo do Mercado Potencial de Moda Íntima e Meias 2023. A pesquisa aponta que este item, que representava 19% de participação neste importante segmento de mercado, passou a constituir 20% do total produzido.
Índices da produção
O mercado de moda íntima no Brasil atingiu, em 2022, um volume de produção superior a 762,2 milhões. Este número, no entanto, representa um decréscimo de 4,6% na produção do setor, já que em 2021 o volume ultrapassou a marca de 799,3 milhões de peças.
Mesmo assim, uma das categorias da lingerie que apresentou melhor performance foi a dos sutiãs, que representa nada menos que 20% do total produzido pela indústria. Em 2022, a indústria gerou um volume aproximado de 150 milhões de unidades, o que representa queda de 3,9%.
Conheça os estudos IEMI para o mercado de moda íntima e vestuário:
Note-se que o percentual de queda nesta linha foi inferior ao registrado pelo mercado de moda íntima como um todo. Se considerarmos o movimento em 2022 contra o ano de 2020 – momento mais crítico da pandemia –, o desempenho do setor da moda íntima como um todo foi 8,2% superior. Quando se trata especificamente a categoria de sutiãs, a alta foi de 10,4%.
Faturamento da indústria apresenta alta
Se o exercício de 2020/21 foi marcado por forte impacto nas vendas por meio das lojas físicas – que ficaram de portas fechadas por exigência da crise sanitária –, outro canal cresceu especialmente, o das vendas on-line.
Segundo o levantamento realizado pelo IEMI, a distribuição da produção das peças de moda íntima em geral para a internet e e-commerce, apresentaram aumento de 43% em volume naquele período. E em 2022, cresceu mais 9%.
Outro destaque sobre a performance da moda íntima diz respeito ao faturamento da indústria. no montante comercializado cresceu 7% sobre 2021, com um movimento da ordem de R$ 11,5 bilhões.
Comparativamente, o faturamento de 2021 foi de R$ 10,8 bilhões, enquanto em 2020 foi de R$ 8,6 bilhões, o que representa um crescimento de 26%. No entanto, em 2020, o faturamento foi 11% inferior ao de 2019.
Para obter mais dados sobre o competitivo mercado de lingerie no Brasil, acesse Estudo do Mercado Potencial de Moda Íntima e Meias 2023 e o site iemi.com.br/vestuario.