Por Eleni Kronka
Jornalista, pesquisadora e editora de conteúdo.
Antes como participação modesta, as vendas on-line otimizam faturamento do varejo de calçados e crescem significativamente nos últimos cinco anos.
Somos todos digitais, e cada vez mais. Não é só uma frase de efeito, mas de um fato: o comportamento do consumidor, de modo geral, transforma-se sob o impacto da tecnologia.
A mudança está presente no dia a dia e ganha especial impulso no que se refere aos hábitos de compra e uso de serviços. Seja para as compras do supermercado ou da farmácia, seja para transações bancárias, tudo passa pelas plataformas digitais.
Com os itens de moda não é diferente. Foram as vendas on-line, aliás, que deram sobrevida aos negócios durante a pandemia. E foi justamente nesse momento que o e-commerce deslanchou.
Lojas físicas versus vendas on-line
Os números são expressivos neste sentido, como mostra o Estudo dos Canais do Varejo de Calçados 2023 realizado pelo IEMI – Inteligência de Mercado. Lançada agora, a pesquisa traz extenso levantamento sobre os diferentes canais de distribuição e venda deste setor.
A análise comparativa feita pelos especialistas do IEMI é reveladora. O ponto de partida pode ser, por exemplo, as vendas realizadas por meio do varejo físico especializado.
Mais importante dentro da gama de canais de varejo, as lojas físicas especializadas em calçados (não incluem as lojas de departamento, varejo alimentar e lojas de vestuário) atingiram, em 2018, um faturamento próximo a R$ 38,5 bilhões em vendas, chegando a R$ 39,5 bilhões em 2022, o que representa uma variação de 2,6% no período de cinco anos. O ano de 2022 também apresentou a recuperação nas vendas após o vale de 2020 (R$ 33,2 bilhões) e 2021 (R$ 36,4 bilhões), obtendo resultando superior em 19% sobre 2020 e de 8,4% sobre o ano de 2021.
Outro aspecto que mostra a força da loja física especializada em calçados é que, em 2018, este segmento de varejo representou 67% de todo o faturamento do setor. Já em 2022, a participação deste canal no faturamento total das vendas de calçados foi de 61%.
No caso do e-commerce, a participação é crescente e notável no faturamento do setor. Em 2018 as vendas atingiram um patamar próximo a R$ 3,7 bilhões. Já em 2019, o movimento subiu para quase R$ 4,4 bilhões, saltando para aproximadamente R$ 6 bilhões em 2020, para chegar muito próximo a R$ 7 bilhões em 2021. E o ano de 2022 se encerrou com faturamento próximo a R$ 8,9 bilhões com as vendas por meio de plataformas digitais.
Desta forma, a participação das vendas on-line no faturamento do varejo calçadista subiu de 6%, em 2018, para 14% em 2022.
Para obter informações detalhadas sobre o varejo calçadista, acesse o Estudo dos Canais do Varejo de Calçados 2023 e o site iemi.com.br/calçados.