E-commerce Mantém-se como Canal Eficaz para Venda de Vestuário

E-commerce Mantém-se como Canal Eficaz para Venda de Vestuário

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Por Eleni Kronka

Jornalista, pesquisadora e editora de conteúdo.

Os últimos três anos formam, sem dúvida, o período de grande crescimento e de consolidação das vendas pela internet, com destaque para o e-commerce como canal eficaz para venda de vestuário.

Se o Brasil já se destacava no quesito das vendas por e-commerce, o isolamento social provocado pela pandemia da Covid-19 fez os negócios se multiplicarem – e muito – no ambiente online.

Com vasta pesquisa realizada anualmente e amplo trabalho de atualização de todos os dados de 2022, o estudo do Mercado Potencial de Vestuário, Meias e Acessórios do IEMI – Inteligência de Mercado ressalta crescimento de 40% no volume de peças distribuídas por meio do canal da internet somente em 2021.

Já em 2022, o aumento foi de quase 12% sobre o desempenho no exercício anterior. Em números, o montante chega a quase 275 milhões de peças de vestuário distribuídas por meio deste canal em 2022. Tal crescimento, embora menor do que o registrado no ano anterior, foi independente do desempenho da produção de vestuário em geral, que caiu quase 6% no mesmo período. 

Comportamento do consumidor

Da pesquisa do IEMI sobre o Comportamento de Compra do Consumidor de Vestuário participaram 1200 pessoas, entre homens e mulheres, com idade acima de 18 anos, das classes A, B, C e D/E de todo o Brasil. Os integrantes responderam a perguntas que foram delineando o perfil do público quanto ao poder de compra, hábitos de consumo, grau de interesse por marcas, atributos valorizados nos produtos, entre outros aspectos.

O estudo mostra que, no que se refere aos canais de compra, ao lado da loja física – seja ela a grande rede de varejo ou a loja independente –, a internet apareceu como o principal meio de aquisição de itens de vestuário. Como estratégia para sobrevivência dos negócios, até mesmo a loja de varejo e marcas– seja por marketplace, seja por redes sociais – adotaram o modelo online para dar vazão aos estoques.

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Conheça os estudos IEMI para o mercado de vestuário.

Redes sociais como referência de moda

O consumidor, que já estava no ambiente online para comprar, aproveitava também para ter por meio das redes sociais a informação de moda. Redes sociais, sites de moda e canais do Youtube apareceram como fontes de referências. Mesmo assim, um grupo (20%) afirmava não se informar sobre moda para fazer suas aquisições.

Perguntados sobre o impacto que influenciadores poderiam ter causado na hora da compra, os entrevistados se dividiram, mas sem mostrar especial atenção ao que dizem estas celebridades.

Porém, quase a metade do grupo dos Multiplicadores (são os que buscam novidades e atuam na promoção de marcas inovadoras) diz estar atenta aos que dizem os influenciadores.

No entanto, nos grupos de Seguidores (compram por impulso e buscam o que está na moda), Funcionais (pessoas práticas e atentas ao conforto) e Independentes (compram para substituir peças antigas ou gastas, que consomem marcas que eventualmente agreguem preço e conforto) o interesse pela opinião dos influenciadores cai notavelmente.

A hora da pesquisa

Entre os entrevistados, 65% afirmam que fizeram pesquisa antes de efetivamente comprar, seja na própria loja, seja consultando sites de moda e de marcas, ou ainda inspirados pela roda de amigos.

Quanto ao canal da última compra realizada, 33% dos participantes revelam ter adquirido pela internet, embora a loja física seja ainda o principal local de compra. Entre as vantagens oferecidas pelas aquisições na internet, constam: facilidade de compra, preço mais baixo, comodidade, entrega grátis, entre outras.

E na hora de fazer as compras por e-commerce, praticamente metade do público responde que antes dá uma passadinha pela loja física para conferir principalmente: preço, forma de pagamento e tamanho do produto.

A maioria fez a compra pelo celular, recorrendo aos marketplaces e aos sites de redes de lojas.

Enquanto 35% afirmam comprar sempre do mesmo site, outros 12% afirmam que compraram ali pela primeira vez.  Quanto aos mecanismos de busca, Google, Instagram e Facebook são os mais recorrentes, seguidos por aplicativos de mensagens e até pelo TikTok.

Por fim, 98% dos participantes asseguram que comprariam novamente no mesmo site.

Mais informações estão disponíveis no Mercado Potencial de Vestuário, Meias e Acessórios 2023, no Estudo do Comportamento de Compra do Consumidor de Vestuário e no site do IEMI (iemi.com.br/vestuário).

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