Por Eleni Kronka
Jornalista, pesquisadora e editora de conteúdo.
Importante player no segmento de vestuário esportivo e fitness, Brasil tem ainda muitos pontos para conquistar, seja como exportador, seja como fornecedor do próprio mercado local.
O Brasil reúne um dos maiores contingentes de academias de esportes, perdendo apenas para os Estados Unidos em nível global. Segundo colocado no ranking, o país responde também por importante volume de produção de artigos destinados aos consumidores esportistas.
Aqui o destaque é para o vestuário, cujos números significativos apresentam espaço para crescimento. É o que mostra a pesquisa Mercado Potencial de Moda Esportiva/Fitness e Praia no Brasil 2024, realizada pelo IEMI – Inteligência de Mercado.
O setor, composto por 2,5 mil fabricantes contabilizados em 2023, apresentou, em relação ao ano anterior, crescimento de 7,1% neste contingente de produção.
Como um todo, o segmento emprega um contingente de 128,5 mil de forma direta, sendo que 79,2% estão alocados nas regiões Sul e Sudeste.
Produção e distribuição
Os últimos cinco anos foram altamente desafiadores para o setor, tão impactado quanto os demais pela crise sanitária da Covid-19. O efeito aparece estampado nos dados mais recentes. A produção de moda esportiva e fitness atingiu a marca de 638,5 milhões de peças, com queda de 0,8% sobre o ano anterior, em números consolidados de 2023.
Da mesma forma, o consumo aparente – representado pela soma do volume de produção com o número de importados – ficou em 639,2 milhões de peças em 2023. Em valores, a produção representou o faturamento de RS$ 23,2 bilhões, com aumento de 3,4% em termos nominais.
A moda esportiva e seus consumidores
Tendo como principais consumidores os públicos das classes B2 e C1, responsáveis por 54,7% da população brasileira, o segmento de roupa esportiva e fitness acompanha o desempenho do mercado de vestuário em geral. Assim, os principais grupos de consumidores estão nestas mesmas faixas de público.
Conheça os estudos IEMI para o mercado têxtil e confeccionista.
Quanto aos canais de distribuição, o período de 2019 a 2023 foi de crescimento e consolidação do e-commerce. Em 2023, a distribuição da produção das linhas de roupas esportivas e fitness foi 50,4% superior ao ano anterior para o canal internet.
Vestuário esportivo no contexto geral
O estudo do IEMI mostra que a indústria de vestuário em geral, no Brasil, em 2023, produziu 5,1 bilhões de peças. Este número representa 1,7% a menos que o volume do ano anterior. No mesmo ano, o Brasil importou 1,3 bilhão de peças de vestuário como um todo, sendo 12% a mais do que em 2022.
Já o segmento de vestuário esportivo e fitness foi responsável pela produção de 12,6% deste total, em volume de peças em 2023. Em valores, o setor movimentou 9,3% do total faturado no ano que passou.
Estas e outras informações fazem parte do detalhado Mercado Potencial de Moda Esportiva, Fitness e Praia no Brasil 2024 e também estão disponíveis em iemi.com.br/vestuario.