Setor de roupas profissionais segue desempenho da produção de vestuário em geral

Setor de roupas profissionais segue desempenho da produção de vestuário em geral

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Por Eleni Kronka

Jornalista, pesquisadora e editora de conteúdo.

O emprego de roupas de uso profissional faz parte do código de inúmeras companhias e serve de alavanca para um importante segmento da indústria de vestuário, que não passou ilesa pelos anos de pandemia.

O setor de roupas profissionais pede durabilidade, conforto, proteção e, muitas vezes, inovações que integram os uniformes à estética do momento. Trata-se de um segmento em expansão, já que são roupas que podem também expressar e garantir a boa imagem da companhia.

O setor, aliás, tem sua importância no contexto da indústria do vestuário, com pelo menos 1100 indústrias dedicadas a este tipo de produto no país. Somente em 2022 foram produzidas 189 milhões de peças, entre calças, camisas, blusas, conjuntos, aventais, jalecos, jaquetas, macacões, vestidos, sem contar os uniformes militares.

O faturamento também atinge números expressivos: em 2022, foram R$ 7,2 bilhões negociados pelas indústrias deste segmento, enquanto as exportações atingiram a casa de U$ 1,9 bilhão no mesmo ano.

Os dados fazem parte do Estudo Mercado Potencial de Roupas Profissionais que o IEMI – Inteligência de Mercado acaba de lançar para atender às empresas que atuam, direta ou indiretamente, na área.

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Conheça os estudos IEMI para o mercado de vestuário.

Peculiaridades do segmento

O levantamento realizado pelo IEMI mostra que o canal de maior relevância para a venda da indústria de roupas profissionais foi o institucional. Isto é, são as companhias, atentas à apresentação de seu efetivo de colaboradores, responsáveis pelo maior volume de negócios. Em 2022, responderam por 89,4% da distribuição do volume produzido, seguidas pelo atacado e varejo, com 10,5% e, finalmente, as exportações.

O mercado de roupas profissionais, conforme aponta o IEMI, é parte significativa e de certa forma acompanha o desempenho da produção nacional de vestuário. Os resultados dos últimos cinco anos – totalmente atípicos devido ao advento da pandemia – demonstram esta relativa equiparação.

Em 2018, por exemplo, a produção total do mercado de vestuário em geral, incluindo meias e acessórios, atingiu a marca de 5,85 bilhões de peças, subindo para 5,94 em 2019, mas caindo para 4,9 bilhões em 2020, momento mais crítico da crise sanitária mundial. Em 2021, uma nova reação elevou para 5,46 bilhões, com queda em 2022, com uma produção de 5,14 bilhões de peças.

No segmento de roupas profissionais não foi diferente. O setor vinha em alta em 2018 (211 milhões de peças) e 2019 (219,6 milhões), caindo em 2020 para 176,6 milhões. O ano de 2021 foi de alta (201,8 milhões de peças), baixando para 188,9 milhões de unidades em 2022. A análise dos últimos cinco anos indica queda de 10,5% na produção nacional de roupas profissionais.

Valor da produção em alta

Se o volume de peças apresentou declínio nos últimos três anos, o valor faturado pela indústria do segmento registrou alta, segundo o levantamento do IEMI. O valor da produção nacional de vestuário, incluindo meias e acessórios, atingiu a marca de RS 150,5 bilhões em 2022, o que representa uma alta de 3,6% em relação à marca de 2018.

Calculada em dólares, a produção alcançou a soma de US$ 29 bilhões, o que representa uma queda de 26,7% sobre 2018, diferença atribuída à variação cambial do período.

Para obter mais informações sobre o desempenho e oportunidades do setor, acesse o Estudo Mercado Potencial de Roupas Profissionais e o site iemi.com.br/vestuario

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