Por Eleni Kronka
Jornalista, pesquisadora e editora de conteúdo.
A consumidora brasileira mantém a média de compra de seis peças ao ano, agora recorrendo mais à internet para pesquisa de preço, promoção e inspiração para as aquisições.
A moda íntima, segmento forte da indústria do vestuário – que em 2021 registrou 2,2 mil unidades produtivas com porte industrial e uma produção 1,4 bilhão de peças –, é tema que merece atenção especial por parte da brasileira, segundo o Estudo de Comportamento de Compra da Consumidora de Moda Íntima realizado pelo IEMI – Inteligência de Mercado. A pesquisa ouviu 1.203 mulheres com idades a partir de 18 anos, das classes A, B, C, D/E, localizadas em todo o país.
O IEMI segmenta o público de moda de acordo com quatro perfis: Multiplicadores (buscam novidades, atuam na promoção de marcas inovadoras, representando 6% nesta pesquisa), Seguidores (público que compra por impulso, busca o que está na moda e perfaz 33% das entrevistadas), Funcionais (constitui 28%, com mulheres práticas e atentas ao conforto) e Independentes (nesta pesquisa, composto por 33% de mulheres que compram para substituir peças antigas ou gastas, que consomem algumas marcas que eventualmente agreguem preço e conforto).
O estudo mostra que a maioria das consumidoras de moda íntima compram peças novas ao menos seis vezes ao ano, dando preferência ao pagamento à vista, enquanto as demais optam por parcelamento em até três vezes.
A pesquisa também registra que grande parte das brasileiras faz as suas aquisições independentemente das datas promocionais do varejo, tais como Natal, Dia das Mães, etc. Movida pela necessidade ou pelo desejo subjetivo de sentir-se bela, a consumidora é quem elege o seu momento de compra.
Conheça os estudos IEMI para o mercado de moda íntima.
Para grande parte das entrevistadas, conforto é essencial, assim como para as adeptas do básico, que pode ser igualmente tido como sinônimo de peça confortável. De certa forma, estas características ligadas à imagem do produto estão associadas à presença da tecnologia como atributo da peça. Sob este aspecto, mais da metade afirma que os modelos sem costura influenciam na decisão de compra.
A loja física continua sendo o principal canal de compra, onde a cliente pode contar com variedade e bom atendimento. As compras pela internet vêm em seguida e, bem atrás, as aquisições feitas por meio de revendedora ou sacoleira.
No caso do on-line, 58% das entrevistadas já tinham o hábito de comprar pela internet, e a elas somaram-se aquelas que antes compravam eventualmente; porém, com a pandemia, passaram a recorrer mais a este canal. Por celular, computador ou tablet, partiram para as compras, passando antes pelo Instagram e pelo Google para conferir preços, promoções e propostas de moda.
Mais informações estão disponíveis no Estudo do Comportamento de Compra da Consumidora de Moda Íntima 2022/2023, Estudo do Mercado Potencial de Moda Íntima e Meias 2022 e no site do IEMI (iemi.com.br/vestuario).