Mercado deve crescer em 2013

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O ano de 2013 vai começar com boas expectativas para a indústria e também o varejo de móveis e colchões. Ao contrário de 2012, que se despede como o ano com o crescimento mais tímido desde 2009, o próximo ano experimentará incremento e promete ser muito positivo.

De acordo com o estudo ‘Projeções de Mercado’, elaborado pelo IEMI Inteligência de Mercado, no ano que vem, a produção deverá crescer 5,5% em volume, o que significa 8% em valores nominais. E o varejo terá índices maiores ainda, com alta de 6,8% em volume e 9,7% em valores nominais.

A diretora da Todeschini de Goiânia, Daniela Rosa, diz ter uma expectativa grande para o próximo ano por conta do setor de construção civil que continua em crescimento, já que o mercado imobiliário está diretamente relacionado ao moveleiro. “Já abrimos uma nova loja para atender toda a demanda que esperamos para 2013” conta.

Um fator que também pesa para o aumento da aquisição de móveis, e que inclusive já começou a influenciar as vendas neste final de ano, é a extensão do benefício do programa Minha Casa, Minha vida, do governo federal. “Se houver uma divulgação maior da disponibilidade de créditos para móveis, as vendas podem crescer ainda mais” comenta o economista Welington Rodrigues dos Santos.

Outras linhas de financiamento oferecidas pelos bancos também favorecem as compras. Na Todeschini a maioria dos clientes fazem suas compras financiadas, principalmente quando o valor supera os R$ 15 mil, sendo que o número máximo de prestações é de 36. A diretora informa que o financiamento mais usado é o do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e também se começa a usar o Construcard da Caixa Econômica Federal.

A compra parcelada também é a melhor saída para a enfermeira Daisy Rabêlo e seu noivo que estão com casamento marcado para maio de 2013. “Nós gastamos muito com os preparativos para o casamento, e de móveis só compramos a cama até agora, então ano que vem tempos que comprar o restante, e queremos parcelar em no máximo dez vezes” afirma ela que ainda emenda que quando chegar a hora deve preferir pelo tradicional uso de cartão de crédito.

O economista credita o aumento do volume do comércio varejista do próximo ano também ao novo aumento do salário mínimo. “Uma família de quatro pessoas em que todas recebem o salário mínimo, vai ter um aumento de aproximadamente R$ 120, o que já ajuda a investir em móveis” explica.

 

2012

A redução do IPI para a compra de móveis, ocorrida em 2012, não conseguiu favorecer a aquisição de mobiliário, na mesma medida em que fomentou o consumo de bens duráveis. “Acredito que o crescimento do setor de móveis vai ser moderado em 2013, mas ainda assim, muito maior do que o deste ano, já que muitos focaram na compra de automóveis e deixaram os móveis de lado” concorda o economista.

O estudo da IEMI Inteligência de Mercado informa que isso aconteceu devido ao varejo e consumidor voltarem atenção aos produtos da linha branca, eletrônicos e automóveis, que por contar com marcas fortes e grande divulgação por parte dos fabricantes, conseguiram capitalizar muito mais o benefício oferecido pelo governo aos seus produtos.

O proprietário do Colchões Ortobom, no Setor Oeste, Franco Batista, disse que até então o ano foi regular e a expectativa para o próximo é que seja muito mais promissor. “Esse ano foi muito perceptível que os clientes comprometeram sua renda com a aquisição de bens duráveis devido ao incentivo do IPI” declara ele, que informa que chegou a essa conclusão fazendo pesquisa com os consumidores que tiveram o interesse mas não efetivaram a compra.

“Imediatismo e falta de investimento pesado também levaram a esse resultado, já que todo o mercado ficou com um pé no freio” diz o economista. Porém, todos os motivos que acarretaram em um ano tímido para o varejo e indústria de móveis e colchões gerou uma demanda reprimida que deverá ser revertida no próximo ano. Welington Rodrigues ainda acrescenta que no próximo ano a redução da taxa do IPI deve ajudar, já que a perda do incentivo deve ser gradual até junho.

Outro motivo evidenciado por Franco Batista, foi que no caso dos colchões, a queda já era prevista, já que a melhor lucratividade do setor é cíclica. “Geralmente de dois em dois anos tem um aumento das vendas, em 2009 foi ruim, e 2011 muito bom, então já esperávamos que este ano fosse cair, assim como esperamos que em 2013 aumente” explica.

 

MERCADO INTERNO

O crescimento do setor é muito bom ao se considerar que a maior parte da produção é voltada ao consumo interno e que o setor não sofre forte concorrência de importados. “Hoje temos muitas alternativas no varejo para estimular o consumo e a produção nacional de móveis e colchões” comenta o diretor do IEMI Inteligência de Mercado, Marcelo Prado.

O economista também informa que é muito bom para a economia e que o consumo interno está garantido, já que as classes B e C têm mantido o mercado aquecido.

 

MERCADO EXTERNO

No cenário internacional, ainda não se vê uma recuperação rápida das exportações, já que as crises econômicas da União Europeia e dos Estados Unidos atingiram fortemente o mercado imobiliário, recaindo sobre o de móveis.

O mercado que tem apresentado maior potencial para as exportações brasileiras é o da América do Sul, pela competitividade brasileira nos móveis fabricados em madeira, apesar de que este destino seja menos propício aos móveis de linha alta.

>> Leia a matéria na íntegra

 

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O ano de 2013 vai começar com boas expectativas para a indústria e também o varejo de móveis e colchões. Ao contrário de 2012, que se despede como o ano com o crescimento mais tímido desde 2009, o próximo ano experimentará incremento e promete ser muito positivo.

De acordo com o estudo ‘Projeções de Mercado’, elaborado pelo IEMI Inteligência de Mercado, no ano que vem, a produção deverá crescer 5,5% em volume, o que significa 8% em valores nominais. E o varejo terá índices maiores ainda, com alta de 6,8% em volume e 9,7% em valores nominais.

A diretora da Todeschini de Goiânia, Daniela Rosa, diz ter uma expectativa grande para o próximo ano por conta do setor de construção civil que continua em crescimento, já que o mercado imobiliário está diretamente relacionado ao moveleiro. “Já abrimos uma nova loja para atender toda a demanda que esperamos para 2013” conta.

Um fator que também pesa para o aumento da aquisição de móveis, e que inclusive já começou a influenciar as vendas neste final de ano, é a extensão do benefício do programa Minha Casa, Minha vida, do governo federal. “Se houver uma divulgação maior da disponibilidade de créditos para móveis, as vendas podem crescer ainda mais” comenta o economista Welington Rodrigues dos Santos.

Outras linhas de financiamento oferecidas pelos bancos também favorecem as compras. Na Todeschini a maioria dos clientes fazem suas compras financiadas, principalmente quando o valor supera os R$ 15 mil, sendo que o número máximo de prestações é de 36. A diretora informa que o financiamento mais usado é o do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e também se começa a usar o Construcard da Caixa Econômica Federal.

A compra parcelada também é a melhor saída para a enfermeira Daisy Rabêlo e seu noivo que estão com casamento marcado para maio de 2013. “Nós gastamos muito com os preparativos para o casamento, e de móveis só compramos a cama até agora, então ano que vem tempos que comprar o restante, e queremos parcelar em no máximo dez vezes” afirma ela que ainda emenda que quando chegar a hora deve preferir pelo tradicional uso de cartão de crédito.

O economista credita o aumento do volume do comércio varejista do próximo ano também ao novo aumento do salário mínimo. “Uma família de quatro pessoas em que todas recebem o salário mínimo, vai ter um aumento de aproximadamente R$ 120, o que já ajuda a investir em móveis” explica.

 

2012

A redução do IPI para a compra de móveis, ocorrida em 2012, não conseguiu favorecer a aquisição de mobiliário, na mesma medida em que fomentou o consumo de bens duráveis. “Acredito que o crescimento do setor de móveis vai ser moderado em 2013, mas ainda assim, muito maior do que o deste ano, já que muitos focaram na compra de automóveis e deixaram os móveis de lado” concorda o economista.

O estudo da IEMI Inteligência de Mercado informa que isso aconteceu devido ao varejo e consumidor voltarem atenção aos produtos da linha branca, eletrônicos e automóveis, que por contar com marcas fortes e grande divulgação por parte dos fabricantes, conseguiram capitalizar muito mais o benefício oferecido pelo governo aos seus produtos.

O proprietário do Colchões Ortobom, no Setor Oeste, Franco Batista, disse que até então o ano foi regular e a expectativa para o próximo é que seja muito mais promissor. “Esse ano foi muito perceptível que os clientes comprometeram sua renda com a aquisição de bens duráveis devido ao incentivo do IPI” declara ele, que informa que chegou a essa conclusão fazendo pesquisa com os consumidores que tiveram o interesse mas não efetivaram a compra.

“Imediatismo e falta de investimento pesado também levaram a esse resultado, já que todo o mercado ficou com um pé no freio” diz o economista. Porém, todos os motivos que acarretaram em um ano tímido para o varejo e indústria de móveis e colchões gerou uma demanda reprimida que deverá ser revertida no próximo ano. Welington Rodrigues ainda acrescenta que no próximo ano a redução da taxa do IPI deve ajudar, já que a perda do incentivo deve ser gradual até junho.

Outro motivo evidenciado por Franco Batista, foi que no caso dos colchões, a queda já era prevista, já que a melhor lucratividade do setor é cíclica. “Geralmente de dois em dois anos tem um aumento das vendas, em 2009 foi ruim, e 2011 muito bom, então já esperávamos que este ano fosse cair, assim como esperamos que em 2013 aumente” explica.

 

MERCADO INTERNO

O crescimento do setor é muito bom ao se considerar que a maior parte da produção é voltada ao consumo interno e que o setor não sofre forte concorrência de importados. “Hoje temos muitas alternativas no varejo para estimular o consumo e a produção nacional de móveis e colchões” comenta o diretor do IEMI Inteligência de Mercado, Marcelo Prado.

O economista também informa que é muito bom para a economia e que o consumo interno está garantido, já que as classes B e C têm mantido o mercado aquecido.

 

MERCADO EXTERNO

No cenário internacional, ainda não se vê uma recuperação rápida das exportações, já que as crises econômicas da União Europeia e dos Estados Unidos atingiram fortemente o mercado imobiliário, recaindo sobre o de móveis.

O mercado que tem apresentado maior potencial para as exportações brasileiras é o da América do Sul, pela competitividade brasileira nos móveis fabricados em madeira, apesar de que este destino seja menos propício aos móveis de linha alta.

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