Na verdade a grande pergunta é como vão as empresas e os profissionais de marketing neste mundo globalizado e digitalizado?
Vivemos uma urgência de informações e crescimento rápido do conhecimento de novas ferramentas de comercialização, métricas e controle do mundo corporativo que os profissionais e as empresas entraram num fluxo de atualização constante, nunca antes visto e nunca tão necessário.
Os canais de comunicação criados através da web possibilitam hoje um contato muito mais eficiente e rápido com o consumidor e no sentido inverso também. Ai é que está a grande notícia que não é mais novidade para ninguém: a transparência de informações e comunicação com o mercado fica cada vez mais latente e necessária para que uma empresa desenvolva em seu mercado uma imagem de marca sólida, coerente e mais do que isto, convincente.
O consumidor atento a tudo que está ao seu redor e com a facilidade de encontrar o que procura com alguns ‘clicks’, possui hoje o poder da escolha da marca que quer, no valor que quer e no momento escolhido. Hoje as exigências são maiores e a facilidade de compra nos diversos canais disponíveis ajuda na tomada de decisão, muitas vezes, sem ter que sair de casa.
Quem foi que criou a métrica de que para cada consumidor insatisfeito sua marca era “mal falada” para mais 11 pessoas? Pois é, esta verdade foi por muito tempo usada para ensinar os profissionais de marketing o que fazer e o que não fazer. O problema é que agora os 11 viraram milhares, talvez milhões.
Depois da criação das redes sociais, profissionais e de canais de comunicação como o twitter, quem quiser fazer seu negócio crescer e se entender com os novos consumidores, plugados, conhecedor dos seus direitos, rápidos, sem tempo a perder e com uma grande capacidade de gerar comunicação viral, vai ter que fazer muito mais dentro e fora do ambiente web, para não ser difamado por clientes internautas insatisfeitos.
Comunicar-se e entender de marketing digital virou uma necessidade básica a qualquer negócio, mesmo que aparentemente ainda não pareça estar difundido em todos os segmentos de mercado. Será sem dúvida um caminho sem volta para o sucesso no crescimento das vendas de qualquer empresa e na construção de marcas reconhecidas e valorizadas.
Se pensarmos no hábito de consumo do segmento de vestuário, por exemplo, apesar de ainda ser o canal eletrônico muito aquém de outros segmentos como meio habitual de compra, ele já apresenta uma série de exemplos, como o “Brandsclub”, “Privália”, “Camiseteria”, “O que Vestir”, “Closet”, dentre outros que vêm mostrando performances bem animadoras e que no mínimo ensinam o consumidor a ter mais intimidade e segurança na forma de comprar sua roupa pela web, além de estarem colocando novos padrões de ética e serviço àqueles que se dispõe a comprar moda em seus sites.
Claro que ainda falta avançar mais em alguns aspectos para este tipo de negócio ganhar maior atratividade junto ao consumidor, como a padronização dos tamanhos e modelagens das peças, o que poderiam oferecer maior confiança quanto satisfação do consumidor que se dispõe a comprar sem a possibilidade de experimentar a roupa desejada. Certamente, a associação de marcas reconhecidas pelo consumidor, um bom ambiente de exposição do produto (web), logística exemplar, uma boa política de trocas, com respeito aos direitos do consumidor, são ingredientes fundamentais para o êxito deste negócio. Os números e os cases de sucesso como o da Marisa.com, não deixam dúvidas do potencial a curto prazo deste canal.
No Brasil em 2013, segundo pesquisa de comportamento de compra do IEMI mais de R$ 4 bilhões foram adquiridos via web, sendo que uma parcela dos consumidores com idade acima de 15 anos, pesquisaram os portais de marcas conhecidas antes de tomarem as suas decisões de compra.
Classe de poder de consumo B2/C, já está acessando e entendendo o comércio eletrônico como ferramenta de informação e compra de artigos de moda. Suas vantagens pelo conforto de comprar sem sair de casa, preç os atrativos e formas de pagamento, muitas vezes, mais facilitada que nas lojas físicas especializadas no produto. Estas e algumas outras vantagens estão levando este e outros consumidores a aumentarem suas compras on-line.
Quem tem contato com crianças pequenas percebe o quanto elas já possuem uma agilidade e facilidade em comunicação virtual, e a grande pergunta que fica para nós os profissionais de mercado é: Podemos realmente nos acomodar num mundo tão dinâmico, ou será que estamos atrasados, não só em entender, mas em como implantar estes novos meios de comunicação com o mundo? Se você ainda não começou, pense bem qual é o caminho que está trilhando para sua marca!
Afinal, se a sua empresa possui uma marca relativamente conhecida no mundo real, pode ter certeza de que ela já é falada (bem ou mal) na internet. Não atuar neste ambiente para divulgá-la e promove-la corretamente, pode ser um grande erro estratégico.
Autor: Marcelo Villin Prado, diretor do IEMI – Inteligência de Mercado
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