8ª edição da ForMóbile aconteceu em cenário positivo

A 8ª edição da Feira Internacional da Indústria de Móveis e Madeira (ForMóbile), iniciada em 10 de julho, no São Paulo Expo, em São Paulo (SP), apresentou uma rede de conteúdo criado para agregar conhecimento. Os espaços ofereceram diversas atividades, incluindo palestras, workshops, vivências, demonstrações e debates.

Segundo dados recentes do IEMI da edição 2018 do estudo sobre o Mercado Potencial de Móveis em Geral, as vendas de móveis no varejo em 2017 voltaram a apresentar quedas em volumes, de 0,2% sobre ano de 2016, porém, queda menos acentuada em relação aos três anos anteriores (2014, 2015 e 2016), quando apresentaram redução média de 8,2% no período. Para 2018, as estimativas são de crescimento de 4,2% sobre 2017.

Já as vendas em receita no varejo apresentaram crescimento de 2,8% em 2017 sobre 2016, chegando a R$ 67,1 bilhões. Crescimento atribuído ao aumento no preço médio nas peças de móveis, cerca de R$ 194,00 em 2017 (2,9% sobre 2016). Para 2018, as estimativas apontam crescimento de 10,7% sobre 2017 no varejo de móveis em valores.

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A produção física de móveis em 2017 voltou a crescer após as quedas consecutivas nos três anos anteriores (2014, 2015 e 2016), quando caíram 16,3% no período. O crescimento, embora tímido, de 0,3% em 2017 sobre 2016, é um importante resultado para a indústria, indicando uma estabilização e início de retomada no mercado nacional moveleiro.

Outro importante resultado foi a retomada das importações de móveis que, mesmo representando apenas 2,6% no consumo interno de móveis (consumo aparente), apresentou alta de 46,1% no ano passado com o desembarque de cerca de 10,5 milhões de peças, apresentando recuperação, após a retração de 41,5% registrada nos três anos anteriores. Esse resultado contribuiu para o aumento de 1,5% no consumo aparente de móveis em 2017 frente ao ano anterior, após o índice desabar 17,5% entre 2014 e 2016. No total, 396,1 milhões de peças foram disponibilizadas ao varejo e outros canais de vendas (corporativos, licitações, atacadistas, etc).

Já as exportações de móveis se mantiveram estáveis nos últimos cinco anos, sendo exportadas cerca de 3,4% em média da produção nacional de móveis. Em 2017 foram embarcadas cerca de 14,1 milhões de peças.

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Para 2018, as estimativas preliminares apontam para um crescimento mais expressivo na produção física de móveis, 4,2% sobre 2017. A disponibilidade destes itens no mercado interno brasileiro deverá apresentar crescimento um pouco mais acentuado, de 5%, atribuído à alta de 41,2% prevista para as importações em 2018, que deverão apresentar participação de 3,6% no consumo aparente. As exportações devem se manter mais estáveis, representando cerca de 3,7% da produção nacional.

Falando em valores da produção nacional moveleira, a evolução se mostra, diferentemente da produção física e exceto pelo ano de 2016, como uma tendência ascendente. Ou seja, nos últimos anos, quando se agravaram as instabilidades econômicas no País, a produção de móveis sofreu quedas acentuadas em volumes, porém, altas nos valores de produção. Marcelo Prado, diretor do IEMI, indica alguns dos principais pontos desta dinâmica: “Na crise, principalmente entre as classes mais baixas, a demanda por móveis novos é menor, afetando a produção como um todo, porém a produção de móveis mais elaborados, com maior valor agregado, demandada pelas classes mais altas, sofre menos impacto e também se recupera mais rápido, ganhando participação na produção e aumentando o valor médio das peças. Outro fator muito impactante nesta alta foram os preços dos insumos da produção, as chapas principalmente e outros fatores”. Sobre a inflação na produção, o índice de preços ao produtor (IPP – IBGE) foi de 3,2% em 2016 e de 5,2% em 2017.

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Para 2018, as estimativas apontam para um crescimento expressivo nos valores da produção de móveis, 8% sobre 2017.

Sobre o IEMI

O IEMI – Inteligência de Mercado (www.iemi.com.br) foi criado em 1985 para atender a crescente demanda por dados numéricos e comportamentais relativos aos mercados das empresas e entidades de todos os tamanhos, bem como a ajudar a sustentar o planejamento de suas ações. O IEMI tornou-se a principal fonte de informações para importantes setores da economia brasileira, como o de móveis e colchões, contribuindo para seu melhor entendimento e evolução.

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